Busco sua imagem no espelho da memória, abro os olhos e na lâmina d'água observavo sua imagem em minha retina... E assim os dias vão passando, vendo sua imagem na minha própria sombra, sentindo seu cheiro em todos os lugares, sobretudo quando em meio a um jardim ando, deitada na verde grama fito o céu, as nuvens lembram seu rosto, o brilho do sol seu olhar... retiro o perfume das flores muito parecido ao seu suor quando abraçados ficávamos.
A borboleta voou partindo . Observo formiguinhas caminhando com enormes folhas caídas também de uma árvore enorme, justamente aquela responsável pelo sustento da memória, curiosamente percebo nas folhas e imagem refletida de tudo que vivemos, caídas no pequeno lago flutuam na incerteza de não saber em qual das margens repousarão, ocorre um infinito de possibilidades quando o vento que as derruba não é nada menos que o vento, você é o meu vento.
Sob um céu azul repleto de nuvens e pássaros, onde as borboletas cruzam o horizonte os minutos param na imensidão de seus olhos e na timidez exalada ao perceber que os meus olhos viram os seus repousarem em meus lábios, a espera de um beijo enorme, novamente congelando o tempo, acordando e percebendo o voar das horas.
Pena ser você uma linda imagem da memória, queria por vezes fazer dela um momento menos mágico porém mais intensamente verdadeiro.

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