Perdida vou escondendo as coisas, só não consigo esconder de minha mente. Ela vasculha possibilidades e mergulha nas incertezas. Eu nem sei direito quem é você, só conheço as entrelinhas de suas linhas e busco nestas as verdades que quero ouvir. Estranho é a paixão, a gente a segura com as mãos e a perde entre os dedos, o espaço de fuga é exatamente a distância entre o que penso que sei e o que realmente sei de você.
Ocorre a mim que não sei dizer claramente o que quero, e é tão chato por que nem sei se posso deslocar espectativas a você, é muito estranho tudo isso, estranho até para traduzir as inquietudes que se chocam em minha mente. Muitas vezes nos apaixonamos pelas possibilidades e deixamos o concreto correr entre as frestas, daí o tempo passa e este endurece e já não é nosso, assentou os azulejos de outras construções.
Seria simples fazer diretamente a pergunta – Você está a fim de saber o que sinto? - Falta a a coragem de saber se posso. Sussurre ao vento meu nome e o faça reproduzir uma sinfonia a dizer que me ama. Quero tomar seus lábios em meus, conhecer as linhas e enterrar as entrelinhas.

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