Toda semente é um pedacinho de vida, que já nasce com sua programação vital formada, a espera de um dia poder germinar. Sua casca, essencial para proteção, a partir de um dado momento torna-se desnecessária. É hora da força vital sair deste invólucro rígido e pulsar a vida.
Nós somos como as sementes. Nascemos como um átomo concentrado de potencialidades, e a medida que nos desenvolvemos, e nos fortalecemos, chega o momento de sair desta casca.
Conheço muitas pessoas que permanecem nela, ora por medo do que poderão encontrar além, ora apegados à sensação de conforto e segurança contida em seu interior, sem sequer se darem conta de tamanha escuridão que habita em tal espaço.
A saída da casca é a germinação latente de nosso ser, onde iniciamos o processo do brotar, deixando esta casca, e assim, nos elevando além do solo. Desta forma, entramos em contato direto com o ar, e com a Luz do Sol, essencial fonte de vida, luz que ilumina e possibilita vermos as coisas com clareza.
Todas as plantas precisam da luz. É através dela que é possível a realização da fotossíntese, a transformação do carbono na pureza do oxigênio. Associo esse processo de transformação dos elementos naturais, ao processo de transmutação do ser. A luz nos traz a força da iluminação, convertendo nossos egos, átomos de carbono, para trazer a pureza de nosso Eu Superior, de toda nossa verdadeira essência, como o mais puro e vital oxigênio.
Vivemos todos como plantas num maravilhoso jardim, onde o desenvolvimento só é possível realmente, quando estamos bem enraizados na Terra, conectados a esta grandiosa Mãe, que nos alimenta, nos estrutura em nossa existência, que tudo nos dá. Da raiz que absorve as proteínas do solo, segue a planta com firmeza, crescendo em direção ao céu.

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